Com a invasão dos holandeses em Pernambuco, a Cia. das Índias Ocidentais, uma verdadeira multinacional do século XVII, trouxe uma multidão de gente de todos os lugares do mundo.
Além dos índios, a quem os holandeses chamavam de brasilianner já viviam na povoação dos Arrecifes os negros escravos, vindos de diversas regiões da África, os colonizadores portugueses e os espanhóis, desde a junção das coroas lusa e hispana em 1580. Os nascidos no Brasil eram conhecidos como mazombos. Os índios falavam principalmente o tupi-guarani, além do gê e do cariri., enquanto os negros, o banto e o sudanês.
Junto com os holandeses, veio também a tolerância religiosa, determinada mesmo em um regimento dos Estados Gerais dos Países Baixos. Aos judeus e cristãos-novos que já viviam em Pernambuco (apesar da Inquisição) juntaram-se outros vindos de toda Europa. Os judeus de origem Ibérica, os sefarditas, usavam um idish mesclado ao espanhol.
Com os imigrantes judeus em conjunto com os mercenários e funcionários da Cia. das Índias Ocidentais era comum ouvir-se nas ruas do Recife as mais diversas línguas tais como: holandês, alemão, inglês, francês, norueguês, castelhano e português, além de dialetos ameríndios e africanos.
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