Após
desembarcar tropas em Pau Amarelo em 14 de fevereiro de 1630 e conquistar
Olinda dois dias depois, a esquadra neerlandesa da Companhia das Índias
Ocidentais (WIC) ataca o Recife,
batendo com sua artilharia o Forte do Mar e o Forte de São Jorge que defendiam
a barra do porto. O soldado Ambrosio Richshoffer, natural de Strasburgo,
Alemanha e alistado na WIC, descreve
os combates pela conquista da aldeia Povo,
como era chamado o Recife de então:
Durante os dias 18 e
19 o Sr. General continuou bombardeando os fortes; fez seguir dois navios para
a entrada do porto para reconhecerem se era possível penetrar nele com iates ou
outras embarcações. Em seguida ordenou que seis navios deviam bater
continuamente o grande forte de São Jorge.
O inimigo, porém,
percebendo nossa intenção, meteu a pique na entrada do porto, vários navios
carregados com açúcar e fumo, os quais, quando o açúcar se dissolveu, flutuaram
até ficarem em seco. Por este motivo os nosso foram obrigados a retirarem-se,
tendo sofrido avarias.
O Sr. General, com
demais navios grandes, teve que fazer-se ao largo durante a noite e colocar-se
fora do alcance dos tiros dos fortes; estando muitos dos navios tão varados de
balas que se podia ver através dos dois costados, e perdendo muitos
tripulantes, cabeças, braços e pernas, tão nutrido o canhoneio. Devido ao
movimento das vagas, em constante agitação nas vizinhanças dos fortes, os
artilheiros de bordo não puderam fazer tiros certeiros; causaram contudo
considerável dano ao inimigo.
Dia
20, cerca de 100 homens atacaram o Forte de São Jorge na escuridão da noite,
mas suas escadas não eram longas o suficiente para vencer as muralhas do forte
e eles foram repelidos, perdendo quase a metade da força entre mortos e feridos.
Os invasores decidem então instalar trincheiras cercando o forte português com
500 mercenários da WIC sob o comando do tenente-coronel van der Elst. A 28, três
meios-canhões da frota são desembarcados e instalados na trincheira holandesa
aumentando o poder do ataque.
Apesar da bravura dos luso-brasileiros contra a enorme força invasora, a maior a cruzar o equador até então, os navios holandeses em conjunto com a infantaria e a artilharia de campanha conseguiram cercar e vencer as defesas do porto, sendo assinado um acordo de rendição em 02 de março de 1630.
Apesar da bravura dos luso-brasileiros contra a enorme força invasora, a maior a cruzar o equador até então, os navios holandeses em conjunto com a infantaria e a artilharia de campanha conseguiram cercar e vencer as defesas do porto, sendo assinado um acordo de rendição em 02 de março de 1630.
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