Outro importante artigo comercial para os Países Baixos
era o açúcar. Em Amsterdam, Holanda, havia refinarias de açúcar abastecidas
pelo produto originário da Ilha da Madeira e depois do Brasil, colônias de
Portugal. Quando, em 1580, Portugal fica sob domínio espanhol com um único rei,
Felipe IV, o fornecimento de açúcar é interrompido pelo inimigo dos
neerlandeses. A WIC decide então
obter o açúcar, artigo de luxo na época, nos próprios centros produtores.
Invade Salvador, Bahia, em 1624 onde permanece até 1625
quando foram expulsos por uma armada luso-espanhola. Tendo conseguindo
apreender a frota espanhola da prata em Cuba, 1628, a Companhia das Índias
Ocidentais se capitaliza para outra invasão ao Brasil, desta feita a
Pernambuco, maior produtor mundial de açúcar de então. Chegando em 1630, os
neerlandeses permaneceram no Nordeste brasileiro por 24 anos, dominando, no seu
apogeu, o território que ia do Maranhão ao Rio São Francisco.
Em menor escala, a Companhia das Índias Ocidentais também
atuou na América do Norte, estabelecendo fortes na região do Rio Hudson e Ilha
de Manhattan, atual Nova York. No intercurso da presença no chamado Brasil
holandês, ou Nieuw Holland, como era
designada nos Países Baixos, a WIC
conquistou ainda posições na África como Elmina, São Tomé e Luanda.
O regulamento de concessão dos Estados Gerais à WIC determinava, em seus 45 artigos, o
monopólio, por 24 anos, do comércio na costa ocidental da África, do Trópico de
Câncer ao Cabo da Boa Esperança e nas costas orientais e ocidentais da América.
Copiando o modelo da VOC, a diretoria
da WIC era composta por dezenove
membros que ficaram conhecidos por Heeren
XIX – Conselho dos Dezenove. Como cidade mais importante, Amsterdam tinha oito
representantes no conselho, a Zelândia, quatro, Groninga, Mosa e Hoorn, dois
cada uma e os Estados Gerais designavam um representante.
A época de maior poder da Companhia das Índias Ocidentais
foi entre 1630 e 1640. No período entre 1637 e 1644, esteve no Brasil holandês
como governador e general o Conde João Maurício de Nassau-Siegen. Após a
restauração do trono português em 1640, através da coroação de D. João IV, e a
Insurreição Pernambucana a partir de 1645, a WIC foi perdendo territórios e acumulando prejuízos.
A WIC foi dissolvida
em 1674, sendo aberta outra companhia no ano seguinte. Em 1791 a Companhia das
Índias Ocidentais foi definitivamente fechada.
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