Em 15 de fevereiro de 1630, com o desembarque das tropas da Companhia
das Índias Ocidentais do coronel Waerdenbuch na praia de Pau Amarelo, um pouco
ao norte, rapidamente os invasores seguiram para Olinda, sede da capitania de
Pernambuco, encontrando resistência por parte dos luso-brasileiros no Rio Doce.
Dominaram a vila com relativa
facilidade pois a maioria dos moradores fugiu levando o que puderam. Alguns
bolsões de contenção foram eliminados, destacando-se a brava luta do capitão André
Temudo em defesa da Igreja da Misericórdia no Alto da Sé.
Senhores do local e depois do
porto, Recife, os comandantes das tropas da WIC,
constataram que a geografia de Olinda era formada por elevações autodominantes,
ou seja, cada monte era cercado por montes vizinhos, o que obrigava a que todos
fossem ocupados para garantir a defesa da vila, acarretando a necessidade de um
contingente que poderia ser melhor utilizado para o ataque de outros pontos.
O almirante Lonck, comandante da
expedição, escreve ao Conselho dos XIX, diretoria da WIC nos Países Baixos, pedindo permissão para abandonar Olinda,
concentrando as tropas no Recife. O pedido é negado pois os Heeren XIX não podiam compreender porque
se deveria abandonar a sede da capitania, conhecida como uma das mais ricas
vilas das colonias portuguesas. Após várias tentativas de convencer a WIC e o governo neerlandês da
necessidade de concentrar esforços no Recife para poder atacar outros locais
defendidos pelos luso-brasileiros, o príncipe Frederik Hendrik, autoriza aos seus
comandantes que abandonem Olinda.
No dia 17 de novembro de 1631
começa a demolição dos prédios de Olinda e a retirada do material de
construção, que era muito escasso, para o Recife. Em 24 de novembro a vila de
Olinda é incendiada em vários pontos e quase totalmente arrasada. Segundo Duarte
de Albuquerque Coelho, Olinda possuía 2.500 habitantes, quatro conventos, um
colégio dos jesuítas e uma Casa de Misericórdia.
Os invasores proibiram que se reconstruísse em Olinda, o que só voltou a acontecer depois da chegada de Maurício de Nassau em 1637. O Recife e a Ilha de Antônio Vaz já estavam demasiadamente ocupadas devido ao intenso crescimento do porto e a construção de prédios para diversas finalidades.
Os invasores proibiram que se reconstruísse em Olinda, o que só voltou a acontecer depois da chegada de Maurício de Nassau em 1637. O Recife e a Ilha de Antônio Vaz já estavam demasiadamente ocupadas devido ao intenso crescimento do porto e a construção de prédios para diversas finalidades.
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