segunda-feira, 2 de julho de 2012

2ª Batalha dos Guararapes

Após a derrota na batalha dos Guararapes ocorrida em 19 de abril de 1648 os holandeses ficaram restritos apenas a ofensivas por mar.

O Conselho do Recife, pressionado pelo Conselho dos XIX na Holanda, cobrava dos chefes militares alguma ação que diminuisse o cerco sobre as localidades ainda sob domínio holandês no litoral. Os oficiais holandeses eram contra, por receio das emboscadas armadas pelos luso-brasileiros e pela carência de víveres e munições.

Sem ter como conviver mais com o cerco, no dia 17 de fevereiro de 1649 os holandeses deslocam uma força armada com 3500 homens saindo do Recife, passando por Afogados, depois pelo curral de Antônio Cavalcanti (hoje Boa Viagem) e finalmente ocupando os montes Guararapes e a passagem para o mar.

Ao tomar conhecimento da disposição dos holandeses, o general Barreto de Menezes posiciona suas tropas do outro lado dos Guararapes, o que hoje seria o Ibura, na localidade conhecida como Oitiseiro. Durante a tarde e a noite houve apenas pequenas escaramuças com patrulhas de ambos os lados.

As escaramuças duraram até o meio-dia seguinte (18/2), quando o sol forte e a falta d'água obrigaram ao coronel van den Brinck a tentar uma retirada de volta a Afogados. Por volta das 3 horas da tarde as tropas holandesas começam a abandonar as posições nas alturas descendo para o boqueirão. Vendo a ação do inimigo, Barreto de Menezes ataca sua retaguarda que opõe resistência mas é batida pela cavalaria luso-brasileira.

A confusão se instala nas forças holandesas que sofrem derrota maior que na batalha do ano anterior. Além do seu comandante van den Brinck, morrem mais 173 oficiais e 855 soldados, tendo sido aprisionados 90. Ficaram no campo de batalha 05 peças de artilharia de campanha e cinco bandeiras.

Os luso-brasileiros perderam 45 combatentes e 200 feridos inclusive o mestre-de-campo Henrique Dias. Também participaram dos combates João Fernandes Vieira, André Vidal de Negreiros e Antônio Dias Cardoso. Em homenagem à vitória, o general Barreto de Menezes mandou construir uma capela no local, que hoje é a igreja de Nossa Senhora dos Prazeres.

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