segunda-feira, 7 de agosto de 2023

A Cidade dos Rios e das Pontes III

Para consolidar sua presença no Recife, Maurício de Nassau constrói sua residência oficial na chamada Ilha dos Navios,  Ilha de Santo Antônio,  ou Ilha de Antônio Vaz, que era o antigo Porteiro da Alfândega de Pernambuco e Juiz de Peso do pau brasil e tinha a melhor casa da região no início do século XVII.

O Palácio das Torres, erguido por Nassau, foi inaugurado em 1644 e tornou-se a edificação mais importante de todo norte e nordeste do Brasil. Até o século XIX a única ligação entre o Recife (a região do porto) e a Ilha de Antônio Vaz era a Ponte de Nassau, mais ao sul. Só em 1845 foi construída, mais ao norte, uma ponte de madeira, chamada Ponte Provisória, que ia do Cais do Apolo à Praça da República, onde outrora havia o palácio de Nassau. A ponte também servia para suportar os canos d’água da Companhia do Beberibe que levavam água para o Recife.

Em 1882 foi iniciada a construção da ponte definitiva, com 288 m de extensão, por iniciativa do ministro Manoel Buarque de Macedo e projeto do engenheiro Alfredo Lisboa. A ponte, que ficou denominada Buarque de Macedo, foi inaugurada em 20 de janeiro de 1890, tendo sofrido reformas em 1922. É a ponte mais extensa do centro do Recife.

A terceira ponte que liga o Recife à Ilha de Santo Antônio é a antiga Ponte Giratória, na região do bairro de São José. Sua construção foi iniciada em 1920 no âmbito da ampliação do porto do Recife e inaugurada no final de 1923. Era uma ponte rodoferroviária que girava sua seção central sobre um pivô e permitia a passagem de embarcações indo e vindo do Rio Capibaribe na região da Alfandega.

Essa ponte funcionou até 1970 quando se iniciou sua desmontagem e substituição por uma ponte de concreto que foi inaugurada em 1973 com o nome de !2 de setembro, em homenagem ao dia em que iniciaram-se as obras de reforma do porto em 1918. Da antiga ponte restaram os pilares que podem ser vistos ainda hoje. 

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