quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Forte Orange

Após a tomada de Olinda e do Recife em 1630, os holandeses começaram a expandir a conquista e no ano seguinte decidiram atacar a vizinha Capitania de Itamaracá. Para tanto construíram um ponto forte no extremo sul da ilha, que foi denominado Schans Oranje (trincheira Orange), em homenagem a Casa Real da Holanda. Partindo deste local em 1633, as tropas do coronel alemão Sigmund von Schkoppe poderam vencer as defesas luso-brasileiras e tomar a vila de Conceição (hoje Vila Velha) após cerco de dois anos. O local passou a ser chamado Vila Schkoppe.

Pela sua importância na defesa da entrada do canal que dava acesso à Vila Schkoppe, seu porto e Igarassú, o Forte Orange foi sendo ampliado e artilhado pelos holandeses. Algumas tentativas das forças portuguesas para retomar o forte foram rechaçadas pelos invasores.

Em 1654, com a rendição dos holandeses, o Forte Orange passou para o controle dos portugueses sendo renomeado como Fortaleza de Santa Cruz.

Foi reparado em 1696 e novamente em 1777. No início do século XIX encontrava-se abandonado e em ruínas. Sofreu novos reparos em 1817, sendo ocupado por tropas do Padre Tenório na Revolução Pernambucana no mesmo ano.

Tombado pelo Serviço do Patrimonio Historico e Artistico Nacional em 1938, foi administrado por diversos orgãos públicos como o Exército Brasileiro, Prefeitura de Itamaracá (inclusive através de José Amaro de Souza Filho), Ministério da Cultura e FADE. Esta última coordenou um projeto de pesquisa arqueológica envolvendo a UFPE, MOWIC Foundation (holandesa), IPHAN e Governo de Pernambuco.

Existe um projeto para recuperação do forte com a implantação de museu e algumas facilidades, além de adequação do entorno para a visitação e lazer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário